quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Caminhos incertos

Vamos andando, correndo, caminhando nesta vida de fadiga
Ao fim de um tempo, acabamos por esquecer quem somos, quem fomos.
Não temos remorsos, daquilo que já não somos.
Será que é bom esquecer?
Não consigo lembrar-me porque é que me sentia bem a andar no carrossel.
Não consigo me lembrar porque é que queria andar a uma velocidade estonteante.
A verdade é que perdi a minha inocência e não sinto remorsos de já não ser criança...
Para falar a verdade, não sinto nada. Não quero nada...
Não tenho objectivos, porque me perdi, perdi-me nesta vida...
Os rumos são incertos e os caminhos acabam por ter demasiadas curvas.
Não consigo voltar para trás, não quero. Mas de vez em quando...
Fracções, flashes, daquilo que fui, vêm ao de cima e uma nostalgia domina-me!
Saudades de ser o que não sei, o que não me lembro.
Neste momento dou comigo a sentir saudades de mim.
E depois penso, Porquê?
É irónico, penso que a culpa é da vida, mas não foi ela que seguiu caminhos sem rumo,
Não foi a vida que tomou opções, não foi a vida que se esqueceu.
Foi apenas eu que mudei!